Nesse dia 21 de abril (também Dia de Brasília e da ida de Tancredo Neves) dedicado a Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, mártir da Independência do Brasil, segue o cântico do poeta das águas amazônidas, Thiago de Mello, ao herói nacional.
Cântico
a Tiradentes – Thiago de Mello
Minas Gerais,
Do teu chão de ferro
Levantam-se,
gigantes,
Os profetas da
liberdade
Cujas palavras de
pedra
Ressoam no silêncio
poderoso
Da arte do
Aleijadinho.uas
Do teu chão de
diamantes
Nasceu a luz do olhar
do Tiradentes,
O teu profeta mais
alto
Que anunciou com a
sua vida
O nosso destino de
nação.
Agora tu caminhas,
Tiradentes,
Ao encontro da morte
Relembrando os teus
companheiros de
Esperança
Mas também os que se
perderam
Na desgraça da
traição.
Altivo e sereno,
Caminha para a
verdadeira vida
Porque vai contigo o
sonho que plantaste
Na alma brasileira:
O grande sonho da
independência
Da justiça e da
liberdade.
Dois séculos se
passaram
E tu continuas caminhando
Pelo chão da pátria
Com a bravura e o
destemor
Da violência da
injustiça.
O tempo não te gasta:
te acrescenta.
Tu cresces dentro de
nós.
O tempo guarda o
fulgor do teu martírio.
Portinari inventou
cores mágicas
Para transformar o
instante terrível
Da forca
E a miséria do teu
corpo esquartejado
Num cântico de luz.
E de repente o teu
sonho
Se transfigura num
arco-íris:
O arco da aliança.
Tu nos ajuda,
Tiradentes,
A levar este sonho
Que tem de ser sempre
sonhado
Cada dia,
Para que ele seja uma
aurora
Que nunca se apaga
No coração de cada um
de nós.
Ouro Preto, nos duzentos anos da Inconfidência Mineira. (agora, 2014, com 225 anos).