Soneto sobre As Muralhas dos Sertões, os índios filhos da Makunaima.

Dos Contos Históricos em Sonetos, segue o Soneto As Muralhas dos Sertões - dando ciência de mais um livro com narrativas sobre a Terra de Makunaima - Roraima. 

Livro As Muralhas dos Sertões, de Nádia Farage,  narra histórias dos filhos de Makunaima e a colonização dos filhos de Sebastião no vale do Queceunene, nome indígena do rio Branco. (Livro do Acervo da Biblioteca particular do professor Benone).

26. As Muralhas dos sertões

Nádia Farage faz um relato intenso

Que pelo título parece ser de concreto

Mas lendo a obra perceberemos índios

Como muralha humana deste lugar.

Manaos, caripuna e outros índios

Ajuricaba, Manoel Antonio principais

Portugueses, espanhóis, holandeses

Já transitavam entre as fronteiras.

Assentaram-se os portugueses

Mas sua fixação só foi garantida

Pelo suor e sangue indígena.

De tempos imemoráveis

Passando pela colonização

Os índios as muralhas do sertão.

Professor Benone, 2009.

Soneto O Mundo Perdido - livro clássico inaugurador da ficção científica mundial, direto da Terra de Makunaima - Roraima.

Mais Um Conto Histórico em Soneto, dando ciência a Roraima, de livro de narrativas sobre a Terra de Makunaima. Segue o Soneto sobre O Mundo Perdido (do mesmo autor de Sherlock Holmes, Sir Arthur Conan Doyle), livro clássico e inaugurador da ficção cientifica mundial. 

Livro O Mundo Perdido, de Artur Conan Doyle.  (Acervo da Biblioteca Particular do professor Benone).

25. O mundo perdido

Inaugurando a ficção cientifica

Artur Conan Doyle, criador de S. Holmes

Inspirado nas leituras sobre a Amazônia

Personifica-se em naturalista aventureiro.

E faz uma viagem ao mundo enigmático

Deslizam da Europa para Manaus

Organizam expedição para Roraima

Para chegar a um mundo novo.

Para provar que viu neste, outros seres

Que contados no velho mundo

Gerou dúvidas e ressentimentos.

Cheia de surpresas chegaram viram

Provaram levando na bagagem seres

Já extintos encontrados no Roraima. 

Professor Benone, 2009.

Sonetos dando ciência a Roraima - Terra de Makunaima

Em 2009, para contar histórias para alunos do Ensino Médio da Rede Pública Estadual de Ensino Roraimense,  escrevi Contos Históricos em (62) Sonetos, desses, 30 sobre A Amazônia, com enfoque para Roraima, entre eles alguns dando ciência de literaturas (ficção, romance, científica, entre outras) escritas sobre a Terra de Makaunaima, descritas, duas delas a seguir, as demais vem depois...

21. Dando ciência a Roraima

Ouço a mesma história de sempre

Roraima não tem história não

Um mito que tentam sustentar

Para esconder sua história.

Mas daqui pra frente vamos ver

A Terra mitológica de Makunaima

Se enchendo de histórias cientes

De palavras faladas escritas em obras.

Além das citadas aqui, de ficção ou não

Outras feitas por vários autores

Vagueiam por bibliotecas mundo afora.

Em linguagem poética ai vão

Um pouco da literatura roraimense

Feita para revelar a história deste lugar.

Professor Benone, 2009.

Livro de Roraima ao Orinoco, de Koch-Grünberb. Acervo da Biblioteca particular do professor Benone.

23. Do Roraima ao Orinoco

Theodor Koch-Grünberg

Naturalista alemão observa

Em viagens pelo norte do Brasil

O etnoambiente da região.

Na primeira década do século vinte

Em oito volumes descreve o que viu

Um dedicado à terra de Makunaima

Cheia de índios de várias etnias.

Fez o caminho das águas do negro

Entrou pelo Branco de vapor à Boa Vista

Seguiu pelo lavrado rumando ao Roraima.

Do Roraima seguindo pelo Orinoco

Voltou à Manaus e por onde passou

Deixou registrado o passado presente.

Professor Benone, 2009.

Livro Macunaíma, de Mário de Andrade. Acervo da Biblioteca particular do professor Benone.

24. Makunaima versus Macunaíma

Pegando carona no livro de Grünberg

Mário de Andrade nacionaliza Makunaima

Como ser que permeia todo o Brasil

Com o nome de Macunaíma.

Do movimento modernista antropofágico

Faz Macunaíma demiurgo nacional

Que vai brincando comendo recriando

Sem caráter um caráter próprio nosso.

Essa não intenção intencional mariona

De fazer Makunaima virar Macunaíma

Sem leitura parece algo canibalesco.

Mas lendo Macunaíma conceitualmente

Veremos que sua analogia é raiz

De um ente local de sentido nacional.

Professor Benone, 2009.

Soneto de localização da Terra de Makunaima - Roraima - no mundo Amazônico.

Pacaraima - Roraima Brasil - extremo Norte - Fronteira com a Venezuela. Foto (2012) do arquivo do professor Benone. 

2. Roraima Amazônico

Roraima no extremo Norte

É Amazônico makunaimense

De florestas passa para cerrado

De plano a planalto segue.

Começa ao sul com floretas

Vem pro norte com lavrados

Seguindo para a fronteira

Da Venezuela e Guiana.

Tem flora e fauna ricas

Porém, seletiva da região

Variedade Amazônica.

Um delta de rios brancos

Formam a bacia de águas

Que banha Roraima.

Professor Benone Costa Filho, 2009.

Aula de filosofia com alunos do ensino médio da Terra de Makunaima, 2010.

Discussão da aula: Conceitos das palavras chaves dos três porquinhos da sociologia mundial (luta de classes,  Marx; fato social, Durkheim; e ação social, Weber),

a partir da leitura do soneto abaixo, aula feita no ano letivo de 2010, na Escola de Ensino Médio Major Alcides, na cidade de Boa Vista - Roraima, Terra de Makunaima.

Aulas de filosofia para alunos do ensino médio da escola pública makunaimense. Foto (2010) arquivo do professor Benone.

 

13. Soneto razão ato humano

A razão é uma força do tamanho da razão

O que de isto passar sem a força da razão

Fica sem controle e tira o senso da razão

Tirando o conceito de ética com razão

Tendo razão nossos atos são humanos

Sendo racional cada ato é premeditado

O que nos faz responsáveis pelos atos

Dos fatos, ações, e lutas de classes

Qual é o tamanho da sua razão?

Qual é à força da sua razão?

Como anda seus atos?

Como você justifica os fatos?

Como recebe as ações?

E como anda a luta de classe?

 Prof. Benone Costa Filho Boa Vista – RR, 2010

Fica decretado o fim da escravidão

13 de maio 

Fica decretado de novo

De hoje em diante

Que o trabalho escravo que por três séculos

Foi oficial no Brasil

Abolido em 1888

E mesmo assim continua

Não seja mais feito

Com a vigilância

Para isso não mais acontecer

Na escola fazer isso clarear

Na luz do saber e do conceito

Sem trabalho escravo índio

Negro e branco que precisa trabalhar

Mas com dignidade humana

Não só repetir fica extinto a escravidão

Fazê-la sair do vocabulário

Com trabalho livre e digno para todos

Professor policia que seja

Medico dentista também

Lixeiro zelador com respeito

E todas as profissões que tem

Que seja decretado de hoje

Em diante livres da escravidão

Que o treze de maio comemorado

Do ano que vem em diante lembre

Que já houve escravidão

No passado até maio passado

No vindouro não mais

Foi e ficou decretado

E revogado leis anteriores

Escravidão sumiu do vocabulário

Do trabalho do brasileiro.

Benone Costa Filho, 13/maio/2012.

Homenagem histórica ao dia das mães

Soneto ao Dia das mães

Na primavera, festa para Rhea mãe dos deuses gregos.

Na Inglaterra, trabalhadoras levavam bolos para suas mães.

Nos EUA, em homenagem perpétua a professora Ana Jarvis.

No Brasil, moças de uma associação homenageiam as mães.

Da Grécia ao Brasil há muito fazem se homenagens às mães.

Por todo o cuidado e pela vida que nos dar. Nada mais justo.

O próprio mês das flores é ideal para a comemoração.

Aqui o segundo domingo de maio dia das mães se oficializou. 

Sobre os presentes, donas de lojas de São Paulo inventaram.

Lançaram uma campanha publicitária incentivando as compras.

Daí o habito de presentear as mães no dia dedicado a elas.

Mas se não podes comprar um presente para sua mãe.

Dá de presente seu carinho, sua atenção, sua dedicação.

Será o melhor presente que ela ganhará com certeza.

Benone Costa Filho, BV/RR2008.