Ó
Professor Benone Costa Filho
Etnohistória de Roraima:
7º ano
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Boa
Vista – RR, 2013.
I. Introdução
Nos sonetos seguintes
A história cultural de ciência
Do labor e da politica
Dos povos de Roraima
Desde a colonização
Portuguesa de fricção
Até a territorialidade
Rio-branquense
Continuidade
Da nossa identidade
Formadora índia branca
Imbrincada na migrante
Negra e outras formadoras
De nos gente roraimense.
Prof. Benone Costa
Filho, 26/07/2012.
Questões comentadas que
chegam ao vale do rio Branco (Filme Curia catu – expedição de Pedro Teixeira,
1667-69)
1. Em 1621, separado do Brasil e ligado diretamente a Lisboa, é
instituído pela coroa portuguesa o estado do Maranhão e do Grão-Pará, que
englobava toda a Amazônia brasileira e os estados do Ceará e do Piauí. Situado
nesta região, a partir de quando se efetivou a colonização do vale do rio
Branco? Nos anos setenta do século XVIII.
2. Quais as diferenças entre a colonização do Maranhão e
Grão-Pará? O cultivo do algodão deu ao Maranhão uma feição mais parecida com
as demais capitanias brasileiras, diferente do extrativismo reinante no Grão-Pará.
3. Essa distinção colonial extrativista no Grão-Pará denominou a de
região de colonial periférica. Quem foi usado para colher compulsoriamente às
drogas do sertão? A mão-de-obra indígena.
4. O que eram as drogas do sertão? Era uma gama de
frutos e raízes silvestres, tais como, cacau, baunilha, salsaparrilha, urucu,
cravo, andiroba, almíscar, âmbar, gengibre, piaçava, entre outros.
5. Além da coleta das drogas do sertão o que mais faziam os índios
escravizados? Todos os outros serviços da vida cotidiana dos colonos, tais como,
guias, remeiros, pescadores, carregadores, amas-de-leite, farinheiros, assim,
quanto mais índios escravos tinha, mais influente e rico era o morador da região. Desse modo, podemos
dizer que a disputa pelo controle da mão-de-obra indígena tecia o fio condutor
da história do Maranhão e Grão-Pará, inclusive o vale do rio Branco.
6. Qual é a tradução da palavra Curia catu, da língua geral
amazônica (nheengatu) para a língua portuguesa? Homem bom ou bondoso.
II. As tropas de resgates.
Eram expedições temporárias apoiadas pelo estado
Que subiam o rio Branco e no seu vale a capturar índios
Descidos e vendidos sistematicamente como escravos
Aos colonos de Belém Grão-Pará e São Luís Maranhão
Chamada de resgate era feita para a defesa das tropas
Aos índios arredios que eram provocados o dito e que
Isso tinha efeito para apresar e levar de qualquer jeito
Os índios para serem vendidos pelos resgatadores
Antes feita regionalmente por Francisco Ferreira
Agora feita colonialmente associado à coroa por
Cristóvão Ayres Botelho Lourenço Belford
José Miguel Ayres e outros apoiados oficialmente
Sobrem e descem o Queceunene levando milhares
De índios que se vivo chegasse escravos morriam.
Prof. Benone Costa
Filho, 26/07/2012.
Questões comentadas dos índios
descidos como escravos pelas tropas de resgate ao rio Branco
1. O que acontece com o vale do rio Branco depois da devastação
feita no rio Negro pela tropa de resgate de João Paes do Amaral e Belchior
Mendes de Moraes? O vale do rio Branco deixa de ser uma rota regional de tráfico de
índios, feita por pequenos traficantes, para virar um lugar de exploração
sistemática de apresamento e descimento indígena, feitas por grandes
traficantes com apoio oficial do estado, para abastecer o mercado (de venda de
índios escravizados) de Belém e São Luís.
2. O que acontece em 1736 no vale rio Branco? Entra a
primeira tropa de resgate oficial, comandada por Cristóvão Ayres de Botelho,
sobrinho de Belchior Mendes de Moraes, sobe o rio acima das corredeiras do Bem-Querer,
e desce com drogas do sertão e os primeiros índios escravos que chegam a
Belém.
3. O que acontece nos finais dos anos de 1730 e mais tarde? Alegando
faltas de verbas, o governo concede ao plantador do Maranhão Lourenço Belfort a
autorização para resgatar e descer índios do vale do rio Branco, que seriam
divididos entre ele, sua tropa e o estado. Um ano depois, o governo envia
financiado pelo dinheiro dos regastes de índios, uma nova tropa comandada por
José Miguel Ayres para, além de praticar resgates de índios para ser descido,
controlar os negócios da região, fazer prisão de desocupados, de soldados
desertores e quem tivesse praticando resgates ilegais de índios e enviasse todos
os a Belém.
4. Como era feita a partilha dos índios resgatados pelas tropas? Os
resgates obedeciam as seguintes ordens, na divisão dos índios escravizados: 1)
os destinados a Fazenda real; 2) os destinados à igreja, recebidos pelos
jesuítas; 3) os destinados aos comandantes das tropas; 4) os destinados aos
participantes das tropas; e 5) os destinados aos civis com licença oficial para
tal prática.
5. Além da escravidão e descimentos indígenas que outras tragédias
cometeram as tropas de resgates? Entre outras, a propagação de
doenças aos quais os índios não tinham imunidade, como por exemplo, o sarampo,
propagado pela tropa de resgate de Ayres Botelho aos índios do vale do rio
Branco.
III. As etnias indígenas
de Roraima.
Dos escritos e dos mitos sobre os índios de RR
Eram centenas de povos com centenas de línguas
Que viviam a seu modo e ajustes antes do contato
Com esse a seu modo veio os desajustes indígenas
Desajustes que levou a extinção de muitas etnias
Com suas línguas modos e costumes próprios
Pela força opressora da colonização portuguesa
Mas não foi maior do que a vontade de ficar
Que fez muitas etnias lutar e superar a opressão
Posta pelos filhos de Sebastião e se manter viva
Nas oito etnias falando três ramos linguísticos
Wai-Wai,
Patamona Wapixana e Yanomami
De
línguas Karib Aruak Ianomami falando.
Prof. Benone Costa
Filho, 26/07/2012.
Questões comentadas das
etnias indígenas de Roraima
1. O que fazer para saber das centenas de índios e suas línguas
faladas na terra de Makunaima? Entre outros, ler as literaturas dos
pesquisadores, que ao longo dos tempos passaram pelo mundo do Roraima, como por
exemplo, Koch-Grünberg, no seu livro Do
Roraima ao Orinoco, escrito entre 1911-1913, que destaca uma enormidade de
etnias indígenas, e suas línguas, do vale do rio Branco. Remanescentes das
atuais etnias, e suas línguas, que estão presentes no atual mundo do Roraima,
citadas no soneto acima.
2. Qual o conceito dado ao termo: Etnias indígenas de Roraima? Constitui-se
uma identidade diversa, reconhecida por todos os grupos, de cada unidade étnica
especifica e distinguida por cada grupo, que singulariza os índios que vivem no
mundo de Roraima.
3. Cite o nome de duas etnias extintas com o contato colonizador
português ao vale do rio Branco. Os Paraviana e os Guinaú.
4. Diante do processo de colonização que desajustou os povos
indígenas do vale do rio Branco. O que as etnias atuais fizeram para superar tais
desajustes e chegar ao tempo presente? Todos os povos que formam as
atuais etnias de Roraima foram e são índios guerreiros, que lutaram e continuam
lutando pela sua sobrevivência, com isso passando por todas as atrocidades do
contato com o branco, continuam vivas e fazendo parte da etnia indígena
formadora do povo roraimense e brasileiro.
5. Na ordem de seus ramos
linguísticos quais são essas atuais etnias indígenas de Roraima? Karib: Macuxi
Taurepang Ingarico Waimiri-Atroari Wai-Wai, Patamona; Aruak: Wapixana; e
Yanomami: Yanomami.
IV. Etnias brancas negras e
outras de Roraima
A colonização do vale do rio Branco se deu
Sem a presença do escravo africano com
Os brancos coloniais e os índios escravizados
Assim nessas duas se mesclaram na formação
Dos povos índios e brancos roraimenses duas
Das três etnias formadoras do povo brasileiro
A terceira a negra já veio livre e como migrante
E participou do assentamento moderno do lugar
Assim do assentamento do forte São Joaquim
A construção da intendência obras índia branca
Nas modernas entre outras a terceira etnia negra
Nos traços de arquitetura nas moradias e caminhos
Nos rios na terra no ar nas formas de se comunicar
De velhas e novas influências étnicas é feita Roraima.
Prof. Benone Costa
Filho, 26/07/2012.
Questões comentadas da
formação étnica colonial do povo do vale rio-branquense
1. Diferentemente das demais regiões do Brasil que com o fim da
escravidão de índios em substituição da escravidão de africanos, por que não
houve escravidão negra no vale do rio Branco? Embora tenha havido
escravidão negra, em pequena escala no Maranhão e Grão-Pará, devidos às
condições financeiras precárias dos colonos, que optou pela escrivado indígena.
No vale do rio Branco, durante todo o período de colonização branca, os índios
foram usados como mão-de-obra escrava, daí a presença dessas duas etnias na
formação inicial do povo do vale rio-branquense.
2. Com se dá a chegada do negro, etnia formadora do povo
brasileiro, a Roraima? A etnia negra que chega, vem livre na condição de migrante, para
povoar e ajudar na construção da autonomia politica do vale do rio Branco,
também livre da colonização e da escravidão portuguesa.
3. Por que na construção do Forte São Joaquim a influência é
branca e índia? E nas construções modernas entra a influência da etnia negra? O forte
São Joaquim é o marco da colonização definitiva dos brancos portugueses ao vale
do rio Branco, construída com a influência branca e com o trabalho compulsório da
mão-de-obra a indígena; já nas construções modernas, tem o trabalho e a
influência das três etnias, índia, branca e negra roraimense.
4. De exemplos de sincretismo arquitetônico de meios de locomoção
e comunicação indígena com os modernos meios.
Casa com formato da arquitetura redonda piramidal indígena, feita
com materiais modernos (tijolos, telhas, cerâmica, entre outros); do formato da
canoa indígena outros transportes aquáticos motorizados (barcos, motonáuticas,
entre outros); da fala oral e escrita rupestre indígena, a fala (ao celular) e
a escrita (feita e enviada ao mesmo tempo por correio eletrônico, entre outros).
5. O uso dos produtos do sincretismo cultural faz perder as
identidades étnicas dos povos de Roraima? Não. Podemos morar numa casa de
arquitetura indígena, na cidade; usar celular, numa aldeia; sem deixar de ser
índio, branco ou negro, por fazer isso ou aquilo, ente outros.
V. Cultura índia branca
negra na terra de Makunaima
Do rupestre indígena a banda larga Brasileira
Modos que se ligam na forma de se comunicar
Da aldeia indígena ao Forte São Joaquim
Modos que se ligam de morar e proteger
Arquitetura makunaimense na casa roraimense
Na escola nas ruas nas avenidas e demais espaços
O traço do sincretismo em todos e quaisquer lugares
Da cultura índia branca negra na terra de Makunaima
Olha para ti olha para eu olha para o outro somos
O povo roraimense nas três etnias presentes
Cada uma com um pouco da bagagem de sua cultura
Sincretizada na cultura brasileira por isso sua diferença
Na nossa diferença que faz pela cultura de cada uma
A nossa igualdade de povo roraimense e brasileiro.
Prof. Benone Costa
Filho, 26/07/2012.
Questões comentadas de
cultura das etnias formadoras do povo brasileiro em Roraima
1. Da pintura indígena na Pedra Pintada ao uso da banda larga, são
o que em Roraima? Produção de meios de comunicação humana, ligando uns aos outros,
ao longo dos tempos passados e presente roraimense.
2. Da aldeia ao forte a casa roraimense são o que? Ambientes
de vivência e proteção de uns e de outros ao longo dos tempos passados e
presentes.
3. Na pintura, no forte, na casa, na escola, na rua e outros
lugares roraimense estão o que? O sincretismo da cultura, dos três povos, que
vivia (índios), colonizou (brancos) e migrou (negros) para Roraima.
4. A formação cultural de Roraima e fruto de que? De um
pouco da bagagem cultural de cada um de nós índio, branco e negro roraimense.
5. O que é a nossa igualdade na nossa diferença? Mesmo
sendo diferentes (índios, brancos e negros) por ser roraimense e brasileiro,
nos fazemos iguais em direitos e deveres como cidadão dessa naturalidade e
nacionalidade, roraimense e brasileira. Essa deve ser a cultura étnica que
devemos passar e ter uns com os outros.
VI. Contato e trabalho
índio no vale do branco
O mundo do trabalho na terra de Makunaima
Antes do contato português era sustentado
Depois disso as relações mudou o projeto
Em trabalho de exploração e desajustes
Desenvolvimento humano colonial
No vale do rio Branco só metropolitano
Pois os índios e tudo que sustentou
Virou comércio mercantil português
As colheitas das drogas do sertão
Os resgates feitos e descimentos
Lucros brancos prejuízos índios
Nas relações de trabalho consumo
E desenvolvimento humano com a
Fricção e trabalhismo índio branco.
Prof. Benone Costa
Filho, 27/07/2012.
Questões comentadas de
trabalho consumo e desenvolvimento humano no vale do rio Branco
1. Antes do contato os índios do vale do rio Branco desenvolvia um
trabalho que visava o sustento coletivo do grupo ao qual fazia parte e
praticava um pequeno intercâmbio de trocas entre os grupos aos quais tinham
afinidades. Depois do contato com o branco que aconteceu? As
relações de trabalho foram desajustadas, pois o índio passou a ser explorado
com mão-de-obra escrava, portanto, o trabalho desenvolvido pelo mesmo, tinha
outra finalidade, a de colher bens e fazer serviços, para satisfazer o projeto
colonial português no vale do rio Branco, em benefício da coroa portuguesa e
sua nobreza metropolitana.
2. A mão-de-obra indígena escrava no vale do rio Branco foi usada
em que sentidos? Em todos os sentidos, na agricultura, pecuária, serviço do estado,
navegação, pescaria, coleta, serviços domésticos, entre outros.
3. O que acontecia com os índios que se recusavam a trabalhar para
os colonos brancos do vale do rio branco? Os homens eram presos em grilhões
e obrigados a trabalhar nas obras públicas; as mulheres eram colocadas na
cadeia pública e obrigadas a fiar algodão, de lá saindo apenas para a casa do
seu senhor, onde fazia os serviços domésticos e voltava novamente para a
prisão.
4. Se os índios foram libertos pela coroa que queria lucrar mais
com o tráfico de escravos africanos, o que podemos dizer dessa liberdade
indígena no vale do rio Branco? Que no vale do rio Branco a tão pregada
liberdade dos índios era ficção, pois continuaram sendo escravizados, e se caso
resistisse tal situação eram punidos por isso.
5. Quem se beneficiou com as relações trabalhistas pós-fricção
índios e brancos no vale do rio Branco? Os brancos, que além de ficar com
as terras, se apossaram do trabalho indígena em seu beneficio, ficando para os
índios os desajustes e o preconceito, atingindo (embora isso esteja mudando,
pela luta do próprio índio), as atuais etnias indígenas de Roraima.
VII. Do indigenismo a
autonomia indígena
Agentes do estado no papel de salvar os índios
Criam o indigenismo oficial com o SPI e FUNAI
Parte atuante fundam indigeníssimo alternativo
Com os movimentos sociais na década de setenta
O movimento indígena em Roraima com ajuda da igreja
Começa e se capacita para ser o que é a partir daí
Adalberto é parte dessa história que descamba na
Autonomia ancestral politica territorial indígena local
Fruto da luta de homens de prol índios e não índios
Na realização da cidadania plena para o macro etnia
Em ONGS indigenistas e por fim ONGS indígenas
Põem os índios como parte na integral Constituição
Brasileira com direitos próprios culturais indígenas
Dando de fato o direito de serem índios brasileiros.
Prof. Benone Costa
Filho, 27/07/2012.
Questões comentadas de
lutas do indigenismo oficial alternativo e indígena
1. Quais os objetivos da criação do Serviço de Proteção
ao Índio – SPI (1910) e a Fundação Nacional do Índio – FUNAI (1967)? O SPI, criado pelo
esforço do Marechal Rondon de salvar os índios da extinção, pelo avanço da
civilização aos seus espaços ancestrais, extinto em 1966, em seu lugar é criado
a FUNAI, não só com o objetivo de salvar os índios, mas parte dos seus
ambientes ancestrais, por meio de politicas oficiais do estado em prol dos
índios.
2. O que levou a abertura do movimento indigenista fora
da esfera do estado e como foi nominado esse movimento? Integrantes do próprio
indigenismo oficial perceberam que a politica estatal para os índios deixava a
desejar, nos seus objetivos. Assim resolveram criar um movimento indigenista
paralelo, denominado de movimento indigenista alternativo, com o objetivo de
lutar para que as politicas públicas oficiais do estado, por meio do órgão
responsável pela politica indigenista, fossem efetivadas de fato e de direito,
Darcy Ribeiro (Patrono do nosso 7º ano, na disciplina de História), colaborador de Rondon, entre outros, foi
um dos fomentadores do movimento indigenista alternativo.
3. O que tem a ver as lutas sociais da década de 1970, do
século XX, com a efetivação do movimento indígena? Juntos com as outras
lutas sociais travadas pelas minorias brasileiras (negros, mulheres, entre
outros) os índios, auxiliados pelos movimentos indigenistas alternativos, foram
em busca de direitos constitucionais que garantisse não somente de ser a etnia
índia formadora do povo brasileiro, mas a igualdade (na diferença) de ser
índio, de seus costumes, de suas culturas, de suas terras, de autonomia
politica ancestral indígena, garantidas na Constituição Federal Brasileira.
4. Dos movimentos indigenistas alternativos de Roraima
surgiu o movimento indígena no estado, representado por várias organizações não
governamentais indígenas. De exemplo, entre outras, de duas dessas organizações
indígenas de Roraima. Conselho
Indígena de Roraima- CIR; e Sociedade dos Índios Unidos do Norte de Roraima – SODIUR,
entre outras.
5. O que diz a Constituição Brasileira de 1988 sobre os
índios brasileiros? Capítulo
VII: Dos Índios, artigo 231, parágrafos de 1º ao 7º; e artigo 232, reconhece e
garante aos índios brasileiros todos os direitos (políticos, étnicos,
ambientais, culturais, educacionais, trabalhistas, ancestrais, entre outros,
próprios) que de fato devem ter, demonstrando que suas lutas não foram em vão.
6. O que diz a LDB 9394/1996, artigo 32 § 3º, sobre o uso
da língua dos povos indígenas brasileiros? Que além da língua portuguesa, os índios
podem usar também suas línguas maternas e os meios de aprendizagem próprios.
VIII. A autonomia
municipal do rio Branco
Povoada pelos índios makunaimense
Colonizada pelos brancos portugueses
Criada por Inácio Lopes de Magalhães
A Fazenda Boa Vista do Rio Branco
Era o ano de mil oitocentos e trinta
Povoado ao redor nasce à freguesia
Nossa Senhora do Carmo elevada
A Vila Boa Vista o Rio Branco
Sede do novo município do Amazonas
Era nove de julho de mil oitocentos noventa
Na Praça Barreto Leite leu o decreto de criação
Ganhava a primeira autonomia politica de
Município de Boa Vista do Rio Branco
Superintendente João Capistrano da Silva Mota.
Prof. Benone Costa
Filho, 27/07/2012.
Questões comentadas da
autonomia municipal do Rio Branco
1. Quando foi criada a Fazenda Boa Vista do Rio Branco, pelo
ex-comandante do Forte São Joaquim, o capitão Inácio Lopes de Magalhães? No ano de
1830. Sua sede ficava no local onde hoje é conhecido como Bar Meu Cantinho, no
Centro Histórico da capital.
2. Ao redor da fazenda foi povoado pela Freguesia de Nossa Senhora
do Carmo, o que aconteceu depois disso? Foi dada a autonomia municipal da
Freguesia, que passou a categoria de Vila Boa Vista do Rio Branco, sede do
município do mesmo nome, em 09 de julho de 1890, se tornando, portanto, o mais
novo município pertencente ao estado do Amazonas. Dirigido pelo superintendente
(prefeito) João Capistrano da Silva Mota.
3. Quem decretou e quem leu o decreto de criação do município de
Boa Vista do Rio Branco? Quem decretou a criação do município foi o governador do Amazonas,
Augusto Ximenes de Ville Roy, decreto lido pelo seu representante, o capitão
Fábio Barreto Leite.
4. Quais eram os nomes dos dois intendentes (vereadores)
escolhidos para representar o município na Câmara Municipal de Boa Vista do Rio
Branco? José Francisco Coelho e José Gonzaga de Souza Junior.
5. Onde ficava a sede da intendência (prefeitura) do município de
Boa Vista do Rio Branco? No prédio da Intendência, localizado no Centro Histórico da
capital, tombado como patrimônio histórico, hoje abriga uma escola de música.
IX. A autonomia
territorial de Roraima
Era o ano de mil novecentos e quarenta três
No dia treze de setembro por decreto federal
O município é desmembrado do Amazonas
Criado o Território Federal do Rio Branco
Em oito municípios divididos como capital
Escolhida continua a cidade de Boa Vista
Ganhava a sua segunda autonomia política
Ligada ao Distrito Federal Rio de Janeiro
Como primeiro governador tem o nome
Indicado pelo presidente Getúlio Vargas
O capitão Ene Garcez dos Reis
Que inaugura a nova fase territorial de
Gente amazonense a rio-branquense
Confundida com acreano vira roraimense.
Prof. Benone Costa
Filho, 27/07/2012.
Questões comentadas da
autonomia territorial do Rio Branco mudado para Roraima
1. O que aconteceu no dia 13 de setembro de 1943? A Criação
do Território Federal do Rio Branco, desligando a área territorial do estado do
Amazonas e ligando o Distrito Federal Rio de Janeiro.
2. O que aconteceu com a criação do Território Federal do Rio
Branco? Foi dividido do Amazonas (numa área de 225. 017 km².), recebeu
como capital a cidade de Boa Vista, a mesma cidade sede do município de Boa
Vista, e foi dividido em oito municípios (Boa Vista, Caracaraí, Bonfim,
Mucajaí, Normandia, Alto Alegre, São João e São Luís). Ganhando
autonomia territorial.
3. Depois de decretar a criação do Território Federal do Rio
Branco o que fez o Presidente Getúlio Vargas? Nomeou, como primeiro
governador do Território, o capitão Ene Garcez dos Reis.
4. Por que o
Território muda de nome em 1962? Pela confusão de trocar o nome
do Território pela capital do Acre, Rio Branco, muitas pessoas ou encomendas
vindas para cá iam parar lá. Assim, a forma encontrada foi mudar o nome para
Território Federal de Roraima.
5. A
Avenida Getúlio Vargas é uma homenagem ao presidente (Getúlio Dorneles Vargas) que
transformou Roraima em Território Federal. E a Avenida Mário Homem de Mello
homenageia quem? O
primeiro prefeito de Boa Vista, depois que Roraima virou Território Federal.
Referências
CIDIR. Índios
e brancos em Roraima. Coleção Histórico-Antropológica. Nº 2. Boa Vista:
Diocese de Roraima, 1990.
COSTA
FILHO, Benone. MACEDO,
Inês Rogélia Dantas. Ensino de história:
um projeto para o ensino fundamental. In: FERNANDES, Maria Luiza. MIBIELLI, Roberto. Santos, Erica Maria
Castro dos. Ponto Incomum: Práticas
pedagógicas e integração na UFRR. Volume 2. Boa Vista: EDUFRR, 2008.
COSTA
FILHO, Benone. Contos históricos em sonetos. Boa Vista
- RR, 2009.
FARAGE,
Nádia. Muralha dos Sertões. Rio de
Janeiro: Paz e Terra. ANPOCS, 1981.
FERREIRA, Alexandre Rodrigues. Viagem filosófica: pelas capitanias do Grão-Pará, Rio Negro, Mato
Grosso e Cuiabá. 2ª edição. Manaus: Valer, 2008.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários a prática educativa.
São Paulo: Paz e Terra, 1996.
KOCH-GRÜNBERG, Theodor. De Roraima ao Orinoco: observações de uma viagem pelo norte do
Brasil e pela Venezuela durante os anos de 1911-1913. Volume I. São Paulo:
UNESP, 2006.
MELLO, Leonel Itaussu de Almeida. Luís
César Amad Costa. Construindo consciência:
história. São Paulo: Scipione, 2006.
OLIVEIRA, Roberto Cardoso de. A crise do indigenismo. Campinas:
UNICAMP, 1988.
RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro: evolução e sentidos do Brasil. São Paulo:
Companhia das Letras, 1995.
SANTILLI, Paulo. Pemongon Patá:
território Makuxi, rotas de conflitos. São Paulo: UNESP, 2001.
Professor
Benone Costa Filho, casado com Maviniê Lopes Costa, pai de Ana Paula (23 anos)
e Thiago (19 anos).
Nasci (1966)
em Vitorino Freire (MA). No final de 1969, mudamos (eu-pais-irmãos) para
Araguaína (na época Goiás, até 1988, hoje Tocantins), onde aprendi a ler e
escrever e estudei até a 5ª série do primeiro grau, hoje 6º ensino
fundamental. Fomos (1982) para Curionópolis (PA) onde estudei até 3º ano do
Ensino Médio, Curso Técnico em Magistério. Em 1991, vimos (eu-esposa-filha,
Thiago nasceu aqui) para Roraima e comecei no mesmo ano (mês de junho) a
carreira docente e, junto com ela, fazer os estudos de graduação e
pós-graduação superior.
Formação
Especialista
em História Regional – UFRR, 2006.
Licenciado
em História – UFRR, 2003.
Bacharel
em Ciências Sociais com Habilitação em Antropologia Social – UFRR, 1999.
Curso
Técnico em Magistério – Escola de Formação de Professores de Curionópolis –
PA, 1990.
Professor
da Rede Pública Estadual de Ensino Roraimense – desde 1991.
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