terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

AOS ALUNOS OBF: SOBRE O ESTUDO DA HISTÓRIA E O TRABALHO DO HISTORIADOR



HISTOCEBÁSICA HISTÓRIA COTIDIANA EDUCAÇÃO BÁSICA 2015 ENSINO MÉDIO
IDEALIZAÇÃO PROFESSOR BENONE – DISCIPLINA DE HISTÓRIA

Escola Estadual Olavo Brasil Filho localizada no Bairro Jóquei Club, Boa Vista – Roraima
Aluno:_____________________________________ Ensino Médio, 1ª série. Turma_____ vespertino.

IMPORTÂNCIA DE ESTUDAR HISTÓRIA E O TRABALHO DO HISTORIADOR

Texto: Professor Benone Costa Filho[1].

01. Quando você sabe a história ninguém te engana. Assim, vai a pergunta: será que saímos da escola sabendo o que a disciplina de história tem quem ensinar sobre as ações humanas ao longo dos tempos? Vou dar apenas um exemplo para ilustrar se aprendemos e sabemos ou não história na escola. Para tanto vou partir do contexto legal da função da disciplina, quando se trata da história do Brasil. Que devemos ao estudar a história do nosso país, em relação a nossa formação de povo brasileiro, levar em conta as três etnias que nos formou. Os índios que aqui já estavam; os africanos que foram trazidos a força do continente africano; e aos europeus, que colonizaram o país, a partir do século XVI. Mas sempre predomina, as vezes sem muito conhecimento, a história dos brancos, ficando de fora os índios e os negros, que quando entra em pauta, apesar dos avanços, ainda em muitos casos, é de forma depreciativa. Para mudar esse quadro é que vamos estudar a fundo a história geral, do Brasil e de Roraima, para que possamos conhecer nossa história, de povo brasileiro, como um todo, nas suas etnias formadoras (índio, negro e branco) a nas migrantes que hoje também são parte da unidade na diversidade do povo brasileiro.

02. Qual é mesmo o trabalho do historiador? Desde Heródoto (nascido no século V a.C), pai da história, o trabalho do historiador é pesquisar e divulgar as ações humanas ao longo dos tempos. Para tanto, o historiador se apega as fontes históricas ou documentos históricos. E a partir destes historia o passado para entendermos o presente. Como por exemplo, queremos saber: por que Roraima recebeu esse nome? A partir da pergunta, entre outras, o historiador recorre as fontes e documentos históricos, entre outros, para pesquisar ao longo do tempo e divulgar a história do nome do nosso estado. Na pesquisa histórica, feita pelo trabalho do historiador, vamos descobrir que antes de receber esse nome, em 1962, se chamava Território Federal do Rio Branco, criado em 13 de setembro de 1943, pelo Presidente Getúlio Vargas. Mas muitas vezes era confundido com a capital do estado do Acre, que se chama Rio Branco. Assim, muitas encomendas e até pessoas se confundiam e em vez de vir para cá iam parar lá. Para evitar esse inconveniente, foi sugerido mudar o nome do território. E o novo nome, vem da língua macuxi, Rörooimü[2] = Roraima, que quer dizer monte verde.

03. O que são os tempos históricos e qual as suas funções? Os tempos históricos são as divisões feita pelos historiadores para explicar melhor as ações humanas e as formas como registraram as mesmas ao longo dos tempos. Desse modo todas as histórias humanas antes do surgimento da escrita, vistas por meio de formas rupestres, artefatos e ferramentas é do tempo pré-histórico, que vai desde aparecimento da humanidade até a invenção da escrita. Da invenção da escrita até os dias atuais, temos a história, dividida, desde a século XIX, em Idades: Antiga, Média, Moderna e Contemporânea. Onde cada uma tem um marco histórico, na sua cronologia. Idade Antiga, do aparecimento da escrita (3 a 10 mil anos a.C) a queda do Império Romano do Ocidente (476 d.C); Idade Média fim do Império Romano do Oriente (1453 d.C) até o Renascimento Urbano Europeu (século XVI d.C). Idade Moderna do Renascimento até a Revolução Francesa (1789 d.C). Idade Contemporânea, da Revolução Francesa até os dias atuais. Neste contexto, a história do ‘nascimento’ do Brasil, começa na Idade Moderna (1500). Antes disso era terra de mais de 2 mil povos com suas mais 2,6 mil línguas. Destes, hoje tem uns duzentos povos com umas duzentas línguas. Entre eles as 8 etnias indígenas, com seus três ramos linguísticos (karib, aruak e yanomami) da Terra de Makunaima, Roraima, que junto com a história do Brasil, da América e Mundo, serão estudadas por nós neste ano letivo de 2015, na 1ª série do ensino médio, etapa final das três séries, que compõem a educação básica.     

04. Entre outros meios de marcar o tempo, temos o calendário. Como, por exemplo, o calendário escolar, que define todas as ações administrativas didáticas pedagógicas da educação escolar roraimense. Esse calendário escolar segue o nosso calendário baseado no nascimento de cristo, produzido pelo abade Dionísio e reformulado pelo papa Gregório, daí ser conhecido como calendário cristão gregoriano. Mas outros povos também tem seus calendários e serem pelos mesmos. Como por exemplo, os judeus, calendário judaico, baseado no mito da criação do mundo por Jeová; os muçulmanos tem seus calendário islâmico, baseado na fuga de Maomé de Meca para Medina e na fundação de sua religião, no ano de 622, d.C, ano 1 do calendário muçulmano, entre outros, que serão estudados nas nossas aulas, na disciplina de história, como por exemplo, entre outros, o calendário da grande civilização mesoamericana Asteca, baseado no ano solar, com 365 dias.



[1] Referência: Costa Filho, Benone. História cotidiana: Subsídio de estudos para a comunidade estudantil do ensino médio público. Boa Vista, 2015.

[2] Fonte: Livro do povo indígena macuxi: Vupatakon Epu’to, Conhecendo o nosso mundo.

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